domingo, 28 de setembro de 2008

Às vezes parece que nunca estamos no sitio certo à hora certa.
E é isso que eu sinto, hoje, passados 10 anos quase, dei comigo a pensar se naquele dia estava no sitio certo. E se não estivesse lá o que seria a minha vida hoje. São questões que nunca vou obter resposta, como tantas outras que surgem entre as minhas crises existenciais.
Há quase 10 anos atrás conheci alguém, com o passar dos dias tornou-se importante, começamos a namorar e ainda hoje estamos juntos. Mas os últimos tempos não têm sido nada semelhantes aos momentos vividos no início.
Algo desapareceu, algo deixou de existir entre nós. Não somos daqueles casais que estamos sempre a discutir, não é isso.
Mas acabaram-se os momentos bons, acabaram-se as longas conversas, acabaram-se os planos, os desejos em comum, acabou-se a cumplicidade... Tudo passou a ser normal entre nós.
Pelo menos é isto que sinto. Não sei o que ele sente, nunca lhe perguntei, nem tenho vontade de o fazer. Não será a atitude mais correcta, eu sei. Mas optei por viver assim, dia após dia e esperar para ver o que me reserva o dia de amanhã.
Passo muito tempo sozinha, magoa-me é verdade, mas por outro lado é quase uma escolha minha. É estranho, mas muitas vezes prefiro estar só em casa e sentir-me só do que estar junto de pessoas que me identifico cada vez menos.
Pensar nisto deixa-me angustiada. Por isso evito pensar.
Talvez esteja a hipotecar a minha (ou nossas) vida (s). Mas neste momento ainda não consigo ter coragem suficiente para tomar qualquer posição.

4 comentários:

eva disse...

Compreendo-te perfeitamente... Tb eu estou a passar por uma fase semelhante, mas noutra área que não a amorosa. No entanto, as sensações são semelhantes. Especialmente quando questionas se não estarás a "hipotecar" a vida. Mas o que me tenho apercebido é mesmo da importância de estarmos bem connosco próprios... Se nos sentirmos bem connosco, tudo se torna mais relativo, e até mais simples a tomada de decisões.

Carina Oliveira disse...

Eu não sou assim. Mas entendo as pessoas que o são. Não sei se posso catalogar como "medo da mudança", medo de enfrentar a realidade, ou medo simplesmente de ficar só.
Sim, a solidão condiciona muitos comportamentos no campo sentimental e amoroso.
Pensa bem no que sentes e senta-te e fala com a pessoa que está contigo.
Há fases que parecem uma coisa e são outra.
A minha essência obriga-me sempre a esclarecer as coisas, por mais complexas que sejam. Preciso de clareza na minha vida. Não sei viver com dualismos (mas também os tenho, por vezes), mas tento ao máximo simplificar tudo.
Acredito numa coisa, a própria vida te guiará no caminho certo, só há um pequeno se, por vezes o deixar andar, faz com que o momento certo chegue tarde de mais...
Ou nós é que chegamos tarde de mais, e sem possibilidar de voltar atrás.
Pensa nisso.

Um beijinho grande

Carina Oliveira disse...

Gostava de ter o teu mail.
Escreve-me.
esomeusegredo@gmail.com

bjnhos

Ti disse...

... é que nem consigo comentar (por mais que queira)... não tenho nada para dizer mesmo... beijinho.